segunda-feira, 3 de maio de 2010

AZUL


AZUL
Milene Sarquissiano


Deita-me à rede de teus sonhos,
pra que eu possa embalar teus medos tolos
até que eles adormeçam no meu colo.

Então vem manso,
como rio passeando sobre o leito
e desemboca em mim teu olhar correnteza.

Mergulha teus olhos nos meus hemisférios
e invade com teu azul a minha imensidão.

Tu, profano e profundo, como o deus Netuno.
Eu, suave e serena, como Iara, a sereia.

Posta-te à frente do meu corpo.
À esquerda das tuas vergonhas.
À direita das tuas vontades.

Acima do meu ventre.
Abaixo do meu umbigo.
Onde escondo o perigo!

Cola tua boca à minha concha
e perpetua teu eco no horizonte.

Do sal...faz céu!

2 comentários:

  1. Linda poesia Milena, tem uma sensualidade oculta maravilhosa, usastes bem as palavras para demostrá-la.
    Parabén!
    Bsj de bom dia!
    Com carinhos
    Mila

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  2. Bom dia Milene!

    Vim retribuir a carinhosa visita em meu blog...

    Parabéns pelo espaço, muito bonito, viu!?


    Aproveito e deixo um grande abraço.

    Arnalda Rabelo

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